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Prefeitura Municipal de Anchieta
Prefeitura promove ação de combate à violência contra a mulher
A Prefeitura de Anchieta, por meio da Secretaria de Assistência Social e em parceria com a Gerência de Proteção Social Especial e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS);, abriu nesta segunda-feira (25);, na Câmara Municipal.
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[foto8][foto7][foto1][foto2][foto3][foto6][foto5][foto4]A Prefeitura de Anchieta, por meio da Secretaria de Assistência Social e em parceria com a Gerência de Proteção Social Especial e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS);, abriu nesta segunda-feira (25);, na Câmara Municipal, a Semana de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.
A secretária de Assistência Social, Márcia Cypriano, destacou que a ação tem o caráter de despertar a consciência da mulher para que não tenha medo de denunciar qualquer tipo de agressão. “É inconcebível que nos dias de hoje a violência contra a mulher ainda seja uma realidade e, pior do que isso, tenha aumentado assustadoramente”, criticou.
Segundo Márcia, “a violência contra a mulher decorre, entre outros fatores, da concepção do machismo dentro de casa e nos espaços públicos, enfim, não só física, mas sobretudo psicológica e moral”. A secretária considera que a mudança de atitude dos homens começa com a mudança de postura da mulher, que “não deve se enxergar como alguém de menor valor, menos capaz ou submissa”.
E conclui: “No município, além do número 180, que funciona 24 horas, as mulheres devem procurar as Polícias Civil e Militar, o CREAS, a Guarda Municipal e demais instâncias que estão prontas para acolher as vítimas de violência”.
Na abertura da semana foram proferidas palestras com os temas “Apresentação da Realidade de Anchieta”, pela gerente de Proteção Social Especial, Flávia Gomes Soares, e “A importância da Articulação em Rede no Enfrentamento à Violência contra a Mulher”, pelo ex-secretário de Cidadania e Direitos Humanos da Prefeitura de Vitória, João José Barbosa.
Flávia apresentou estatísticas alarmantes da violência contra a mulher no Espírito Santo: “O Estado ocupa o primeiro lugar em assassinato de mulheres no País, a taxa é de 9,4 homicídios por grupo de 100 mil, ou seja, é mais que o dobro da média nacional, que é de 4,4”.
Em Anchieta, 34 mulheres foram vítimas de violência de janeiro de 2011 a junho de 2013. A violência física e psicológica representa 35% das agressões. Os principais agressores são os companheiros (70%); e 57% das mulheres agredidas têm entre 30 a 39 anos. De 58% das mulheres orientadas a registrar Boletim de Ocorrência, 32% o fazem, enquanto 10% optam por não fazer o registro.
Os bairros com maior incidência de violência contra a mulher no município são Recanto do Sol, Limeira, Jabaquara, Ponta dos Castelhanos, Justiça II e Guanabara.
O palestrante João José Barbosa, por sua vez, destacou a importância de enfrentar todo tipo de violência contra a mulher: “É preciso uma articulação entre instituições, serviços governamentais e não governamentais e comunidade para melhorar a qualidade do atendimento e estratégias de prevenção”.
Citando o Pacto Nacional Pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, de 2011, Barbosa listou as seguintes instâncias que precisam agir articuladamente, ou seja, em rede: Educação, Saúde, Assistência (CREAS/CRAS);, Ministério Público, Defensoria Pública, Poder Judiciário, Polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, Associações, Sindicatos, Fóruns de Mulheres, Conselhos Municipais de Mulheres e Igrejas.
“O pacto entre esses setores visa proteger os direitos das mulheres, levando em consideração questões raciais, étnicas, geracionais, deficiências e inserção social, econômica e regional”, disse o especialista.
Barbosa apontou ainda a necessidade de se trabalhar em rede: “Serviços de emergências de saúde, delegacias e serviços de assistência devem desenvolver trabalho articulado visando dar assistência qualificada e integral à mulher”.
Nesta terça-feira (26); aconteceu o lançamento da campanha “Homens pelo fim da Violência contra as Mulheres”, com distribuição dos laços brancos em diversos pontos do município. Quarta e quinta-feira (27 e 28); haverá atividade do grupo temático com as famílias no CRAS de Anchieta, ao lado do Pronto Atendimento (PA);. Na sexta-feira (29);, o prefeito Marquinhos fará o balanço da Semana na rádio SIM, no Programa “Bate Papo com o Prefeito”, que vai ao ar a partir das 9 horas, ao vivo.
Saiba mais
A campanha, de alcance mundial, tem o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres em qualquer parte do planeta.
Nesta semana se faz memória ao dia 25 de novembro, data que, em 1999, a Assembleia Geral da ONU proclamou como o “Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher” a fim de estimular governos e sociedade civil organizada a realizarem eventos anuais como forma de extinguir a violência contra as mulheres.
A data ficou conhecida mundialmente em 1960, por conta da violência cometida contras as irmãs dominicanas Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que lutavam por soluções para problemas sociais de seu país, sendo perseguidas, presas e assassinadas.
Já o dia 6 de dezembro é conhecido pela Campanha Brasileira do Laço Branco. O objetivo é sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher, em acordo com as ações de movimentos que buscam equidade e direitos humanos.
A campanha, realizada em mais de 50 países, é a maior iniciativa mundial voltada para o envolvimento dos homens na temática da violência contra a mulher, segundo a ONU. O laço branco, símbolo da campanha, é usado para lembrar a tragédia do dia 6 de dezembro de 1989.
Nesta data, Marc Lepine, de 25 anos, assassinou 14 mulheres na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá. O crime ficou conhecido como “Massacre de Montreal” e mobilizou a opinião pública. No bolso do assassino foi encontrada uma carta em que ele dizia não concordar com o fato de as mulheres estudarem Engenharia, curso tradicionalmente para homens, além de não suportar as feministas.
Lei Maria da Penha
É o símbolo da luta das mulheres que sofrem violência no Brasil. Vinte e três anos depois de ter levado um tiro nas costas, Maria da Penha Maia Fernandes seria homenageada dando seu nome à Lei 11.340. Ela foi vítima de violência doméstica durante seis anos de casamento.
Em 1983, o marido tentou assassiná-la por duas vezes. Na primeira, com arma de fogo, deixou-a paraplégica, e na segunda, por eletrocussão e afogamento. Após a segunda tentativa ela tomou coragem e o denunciou. O marido só foi punido depois de 19 anos e ficou preso apenas dois anos em regime fechado, para revolta de Maria com o poder público.
Desde que a Lei Maria da Penha entrou em vigor no País, o número de mulheres que discam o Ligue 180 - SOS Mulher - cresceu 600%. Em Anchieta, além de poderem acionar 180, que funciona 24 horas, as mulheres vítimas de violência podem procurar os seguintes órgãos: CREAS, ESF, PA, Guarda Municipal e Polícias Civil e Militar.
Thiago Zanetti
Jornalista
Assessoria de Comunicação
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