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Prefeitura Municipal de Anchieta
Pescadores do Município querem mudanças em datas de defeso do camarão
A questão foi discutida em palestra com especialista em defeso da espécie
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[foto1][foto2][foto3]Os pescadores de camarão Sete Barbas, Branco e Rosa, do Estado e também de Anchieta tem questinado que o período de defeso do crustáceo, na região, estaria errado, já que segundo eles, a maturidade do animal, para pesca, está se dando justamente na época estipulada para proteção e fora desse período o que eles tem encontrado é um camarão pequeno, caracterizando um período juvenil da espécie. Aqui no Município a categoria tem se mobilizado para discutir o assunto e tentar fazer com que os órgãos competentes revejam as datas.
Buscando fomentar e intermediar essas discussões o Governo Municipal, por meio da Secretaria de Pesca de Anchieta, trouxe um especialista em defeso do Camarão para ministrar uma palestra sobre o período de proteção do animal, esclarecer dúvidas e discutir a possibilidade dessa mudança.
Na palestra, que aconteceu na semana de comemorações a São Pedro, o padroeiro dos pescadores, Nilamon de Oliveira Leite Junior, analista ambiental, do ICMBio , órgão ligado ao IEMA( Instituto Estadual de Meio Ambiente ); explicou que o período de defeso do camarão Sete Barbas no litoral capixaba, por exemplo, vai do dia 15 de novembro a 15 de janeiro, o do Branco e Rosa, do dia 01 de abril a 01 de junho. “Os três meses de proibição da captura tem objetivo de proteger a espécie durante a fase de reprodução, principalmente porque o camarão sete barbas, junto com o camarão rosa, são as duas espécies mais comercializadas no mercado” esclareceu o analista.
Jésus Mantagnoli, coordenador de Pesca em Anchieta, ressaltou para o Analista, que os pescadores notam que na região de Itapemirim a Guarapari na época de defeso o crustáceo está grande e bem desenvolvido, já fora do período é mais fácil encontrar o camarão pequeno. “Acreditamos que nossa região possui uma característica diferenciada com relação ao desenvolvimento da espécie e por isso há necessidade de um estudo de novas datas para a proibição da pesca”, sugeriu.
O Analista esclareceu que outras regiões do país tem passado pela mesma situação e que isso acontece devido a questões climáticas, que influenciam diretamente no crescimento do animal :“ o camarão não tem data definida para atingir o tamanho ideal porque esse processo é influenciado pelo habitat que vive. Muitas vezes ele está no tamanho e não pode ser pescado porque o defeso não permite e em outras o defeso permite e o camarão não atingiu o tamanho ideal, a época de proteção é instituída neste contexto para dar um descanso para a espécie”afirmou.
De acordo com Nilamom desde 2008 que o problema vem sendo discutido no Brasil. O Ministério da Pesca está buscando ampliar o debate e para isso criou o Comitê Permanente de Gestão (CPG); dos Camarões, que já está formado e em breve deve se reunir para junto com aos pescadores, ipropor soluções que diminuam o impacto deste período em especial.
As alegações e considerações dos pescadores, que participaram da palestra, se transformaram em processo no âmbito estadual, e todo conteudo será enviado para o CPG. A expectativa é de que especialistas na questão do Defeso do Camarão examinem a questão.
“Para acontecer uma possível mudança da data do defeso, é preciso uma pesquisa de no mínimo dois anos na região. Há estudos que defendem que o período de crescimento e desova do camarão deveria ser de seis meses. Porém, o Ministério da Pesca e o Ibama, entendem que seria um tempo muito longo para o pescador ficar longe do mar e por estabeleceu o período vigente. Esta discussão é muito ampla e depende de muito estudo e pesquisa”, finalizou o Analista.
Para o Secretário do Meio Ambiente de Anchieta o primeiro passo já foi dado, que é começar a discutir a questão. “A partir de agora temos que aguardar estes estudos que devem ser realizados aqui na região e saber se realmente é comprovada está necessidade. A princípio o que temos que fazer é cumprir o período de proteção já estabelecido para continuarmos protegendo a espécie. O defeso é instituído justamente para que tenhamos uma pesca sustentável”, disse Marcelo Dalbon.
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