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Prefeitura Municipal de Anchieta
Samarco promete R$ 130 milhões em controle ambiental
Representantes da mineradora Samarco estiveram presentes nesta quarta-feira (22); na Assembleia Legislativa (Ales); para mais uma reunião da CPI do Pó Preto.
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Os representantes da mineradora Samarco estiveram presentes na tarde desta quarta-feira (22); na Assembleia Legislativa (Ales); para mais uma reunião da CPI do Pó Preto. Prestaram esclarecimentos aos deputados sobre os mecanismos de controle ambiental da empresa o diretor-presidente Ricardo Vescovi de Aragão, o gerente geral de Meio Ambiente Márcio Perdigão e o diretor de Operação e Infraestrutura Kléber Terra. Segundo os mesmos, será investido R$ 130 milhões entre 2015 e 2019 na gestão ambiental, com uma redução de 18,2% das emissões.
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Ricardo fez uma breve apresentação da companhia, destacando a geração de empregos e a preocupação em aplicar os valores da empresa em todos os processos produtivos. “Temos quatros usinas de pelotização e o terminal portuário de Ubu. Desde a sua concepção a Samarco sempre teve o DNA inovador. Beneficiamos minério de baixo teor, movimentamos seis mil empregos diretos e cerca de 90 mil pessoas têm as rendas afetadas a partir das atividades da empresa. Temos colocado em prática seus valores, como respeito às pessoas com valorização da vida, somos considerados líder mundial em segurança do trabalho; integridade, a Samarco é transparente, sempre segue as leis e padrões nacionais e internacionais; e mobilização para resultados, na gestão ambiental e social”, garantiu.
O presidente reconheceu que as atividades da empresa causam impacto e afirmou que ela trabalha para sempre avançar no sentido de utilizar as principais tecnologias. “As atividades econômicas geram impactos, positivos e negativos, esse reconhecimento por parte da empresa nos coloca numa posição de tratar os impactos negativos. É uma marca da empresa ouvir e debater, e tivemos muitas conquistas. Fomos a primeira empresa a ter todo seu processo produtivo certificado pela ISO 14001, que é referente a mecanismos ambientais”, ressaltou.
[foto2]Márcio Perdigão fez uma explanação sobre todo o processo produtivo da empresa, desde a extração do minério em Minas Gerais, passando pelo transporte realizado pelo mineroduto até a chegada ao parque industrial da empresa em Anchieta. “Operamos um sistema integrado, beneficiamos o minério em Minas Gerais, transportamos pelo mineroduto, que é 30% de água e 70 de minério, e em Ubu operamos para a produção das pelotas”, disse.
O gerente explicou que os mecanismos de controle ambiental da empresa são aplicados em todas as etapas do processo produtivo da Samarco. “Tivemos sempre controles ambientais mais avançados que a legislação. Entre 77 e 96 scrubbers, coletores, filtros de mangas e depois o cinturão verde. Em 97 vem a segunda usina e já instalamos equipamentos mais modernos, substituímos os coletores por precipitadores eletrostáticos, com um custo de cerca de 50 milhões de dólares. Em 2008, com o nome consolidado no mercado internacional, veio a terceira usina, e substituímos o uso de óleo combustível por gás natural. Em 2009 fizemos um acordo com o Ministério Público, o governo, o Iema e as prefeituras, e firmamos um TCA. Foram cerca de R$ 150 milhões investidos, nas Wind Fences no pátio de pelotas, no enclausuramento das torres de transferência, pavimentação das vias de tráfego e na planta do supressor químico”, detalhou.
De acordo com Márcio, a partir de 2014, com a implantação da quarta usina, ocorreram mais investimentos na gestão ambiental. “Ela veio concomitante ao TCA, não poupamos esforços e recursos, foram mais de R$ 354 milhões nas duas iniciativas. Foi cerca de R$ 253 milhões nas ações ambientais, passou em 100 milhões do que havíamos previsto. Em nenhum momento pedimos redução do escopo do TCA, na usina foram quase R$ 101 milhões. Tudo isso em quatro anos”, salientou.
Ele ainda destacou que o Ministério Público (MPES); acompanhou toda a execução dos pontos elencados no Termo de Compromisso Ambiental. “O TCA foi um processo de diálogo intenso, nos permitiu exercer um dos valores das nossas empresas: o respeito às pessoas. O início da construção é sempre difícil, mas o final é gratificante. Recebemos uma carta do MPES em quatro de outubro de 2013 declarando que tínhamos cumprido todos os itens do termo”, frisou.
Por fim, ele ressaltou que não adiantava instalar mecanismos de controle ambiental sem o monitoramento das ações, e falou acerca do estudo realizado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); na quantificação da poeira sedimentada na região. “Trabalhamos num limite de emissões abaixo do que o Iema colocou. Qualquer ocorrência diferente avisamos para eles. Acompanhamos os processos por meio de câmeras. Pra cada etapa do nosso processo há um tipo de controle. Estamos adequados aos padrões definidos. Firmamos um acordo com Iema e Ufes para quantificação da poeira, o projeto está sendo conduzido pelo Iema, e eles pediram pra gente duplicar os jarros coletores pois o material coletado era insuficiente”, concluiu.
Números apresentados pela Samarco
- Ocupa uma área de 748 hectares, das quais 340 são de cinturão verde;
- Movimentação de cerca de 25 milhões de toneladas de pelotas e 360 mil de carvão em 2014;
- Emissões: 89,9% das usinas; 9,3% dos pátios; e 0,8% do porto;
- Os onze precipitadores eletrostáticos instalados nas usinas possuem 99% de eficiência na redução da poeira;
- Após a inauguração das Wind Fences em 2013 no pátio de estocagem, redução de 76% das emissões. Elas possuem até 28 metros de altura e um total de 3 mil metros de comprimento;
- Geração de 19% da energia elétrica utilizada, produzida em duas usinas, uma no Espírito Santo e outra em Minas Gerais;
- Seis estações de monitoramento da qualidade do ar, operando 24 horas por dia, com um investimento de R$ 2,7 milhões;
- Investimentos entre 2015-19 de R$ 130 milhões, com redução de 18,2 % das emissões.
Com informações da Web Ales / Gleyson Tete