Prefeitura Municipal de Anchieta

Ações contra a dengue com uso de novas tecnologias em Anchieta

Larvicidas naturais e armadilhas são estratégias adotadas pelo município no combate a arboviroses

| Comunicação | Atualizado em 12/06/2025.

O município de Anchieta vem reforçando, de forma contínua, suas ações de prevenção e combate à dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos. Técnicos da Vigilância Ambiental mantêm um trabalho permanente ao longo do ano, que inclui visitas domiciliares realizadas pelos agentes de endemias, além de atividades educativas nas escolas com foco em educação ambiental. Novas estratégias devem ser incorporadas a esse esforço, entre elas o uso das ovitrampas – armadilhas específicas para monitorar e controlar o mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a gerente de Vigilância em Saúde, Josiane Soneghet, as ovitrampas simulam um ambiente ideal para a colocação de ovos da fêmea do mosquito. “As armadilhas são compostas por um recipiente escuro com água e uma superfície apropriada, como uma paleta de madeira ou papel filtro, onde o inseto deposita seus ovos. Eles são coletados e analisados pelos técnicos, permitindo identificar áreas com maior presença do vetor e, assim, orientar as ações de controle com mais precisão. Em alguns casos, essas armadilhas também podem conter larvicidas, impedindo o desenvolvimento das larvas e contribuindo para a redução da população do mosquito”, explica.

Alguns municípios do Espírito Santo foram escolhidos para iniciar o uso experimental dessas armadilhas. Devido aos bons resultados observados, o Governo do Estado está em fase de licitação para a aquisição de novas unidades, com previsão de distribuição a outros municípios. Por isso, Anchieta manifestou interesse em receber os materiais para fortalecer o trabalho de prevenção.

Enquanto aguarda a chegada das ovitrampas, o município já vem utilizando o BTI (Bacillus thuringiensis israelensis), um larvicida biológico e natural, eficaz contra larvas de mosquitos, em lagoas e córregos, e que não agride o meio ambiente. “O produto é aplicado diretamente na água em ciclos de cinco aplicações, com intervalos de sete dias entre cada uma. Embora tradicionalmente utilizado no combate ao mosquito Culex, há relatos de sua eficácia também contra o Aedes aegypti”, explica Jacqueline Guimarães, supervisora da Vigilância Epidemiológica.

Segundo dados do último boletim epidemiológico, Anchieta registrou, desde o início do ano, 526 notificações para dengue, sendo 25 casos confirmados. Já de Oropouche foram 55 casos positivos no município.

Por isso, a Vigilância Epidemiológica destaca que, apesar da constância das ações de campo, a colaboração da população continua sendo fundamental. “Manter os quintais limpos, evitar o acúmulo de água parada e permitir a entrada dos agentes de saúde nas residências são atitudes simples que ajudam a prevenir surtos de dengue, zika e chikungunya. O combate ao mosquito é uma responsabilidade compartilhada e, com o engajamento de todos, é possível manter Anchieta protegida dessas doenças”, finaliza Josiane Soneghet.

Fonte: Texto e Foto: Monique Ferbek | E-mail: comunicacao.saude@anchieta.es.gov.br.